quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

POEDRON

Poedron atua como um poderoso e eficaz medicamento para recuperar almas feridas, acalmar espíritos conturbados e revitalizar pessoas insatisfeitas, melancólicas, em busca de um entusiasmo contagiante, brilhante e multiplicador. Sua fórmula é simples e o seu sabor incomparável. Não provoca efeitos colaterais indesejáveis. O seu principal componente ativo é a palavra desnuda, sentida, pensada, massageada com serenidade e agnição. Admite vários componentes coadjuvantes que atuam como condimento de uma iguaria, adereço de uma fantasia, cosmetique para a face de um anjo, de onde tudo o que emana é doce e cortante. Deveras envolvente e sincero anestesiante,
destilado no brilho encantador do mais puro e inebriante
entre todos os olhares.

A molécula base do Poedron é primordial, conexionista e por isso
infalivelmente visceral e otimista. Um elemento vivo, vitaminado,
evidentemente lúcido, profilático  e vital.
Em bandos moleculares percorrem a trilha impensável do infinito,
suas vias e veias de espaco-tempo,
sempre em trajetórias multidimensionais, multicoloridas,
exclusivamente regidas pela maestria da vida pela vida.




domingo, 1 de janeiro de 2012

Poedronomia

A poesia é trans-for-ma-do-ra,
é como a Estrela
que ao nascer está predestinada a brilhar e a rodopiar.
Rodopiar e pulsar,
pulsar e rodopiar, até explodir.
Estouro gigantesco em infinitos e insólitos fragmentos
de luz e tempo.
Sementes de outras Estrelas…
que pulsam e rodopiam:
Possíveis Sóis de outros Mundos impossíveis,
abrigos e lares de outros Seres em transformação.
Eis o ciclo delirante, intrigante,
carbonífero e calcificante da Vida.

Pérola contida na raiz do maior contorno.
Relativístico mirante,
de onde um olhar flamejante
cozinha o espaço e frita o tempo.

Em um momento
jorra incessante
ilimitado e frutífero prazer,
a saber, do ser criador.
Insondável e permanente,
aquele que habita apenas
o tão sonhado e inatingível  infinito:
Paraíso de deuses que ainda
nem imaginamos.