
Que não falte uma boa degustação,
uma singela purificação etílica
e, no tom da camaradagem, sinceros olhares, uma bela canção.
Quem sabe ainda caia, como chuva fina, uma serena e sincera oração.
Tão rara raridade
nessa era incolor de veias vaidosas,
tão escassa de versos sinceros,
organicamente ascéticos,
animosamente contemplativos.
Que a noite do Amor, do Sorriso e da Flor
se faça presente nessa constelação,
palco sagrado do mais belo tom,
da percepção da calmaria consagrada
da qual se fez a nova bossa,
sem carma, sem troça,
semente da mais pura ternura
de olhares serenos;
Aqueles que em qualquer momento universal
dão vida e alimentam o autêntico espírito
da mais nobre entre todas as noites:
a noite da suprema harmonia.